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Banqueiros preocupados alertam para perturbações grandes na economia com as eleições antecipadas

O mais assertivo nas críticas à queda do Governo foi o CEO do BPI. João Pedro Oliveira e Costa disse que “o meu nível de desilusão é tão grande, tenho quase vontade baixar os braços, questionar se vale a pena votar, se vale a pena intervir, se alguém nos ouve”, afirmou.

12 Março 2025, 16h25

Os presidentes de alguns dos principais bancos privados portugueses (BCP, Santander Totta, BPI, Crédito Agrícola e Banco Montepio) mostraram-se hoje descontentes com a crise política, durante a conferência Fórum Banca, em Lisboa, organizada pelo Jornal Económico.

Licínio Pina, do Crédito Agrícola, a propósito do chumbo da moção de confiança ao Governo e a ida para eleições antecipadas, disse que “como português” considerou “degradante” ao que a política chegou e anteviu que “dificilmente haverá pessoas com qualidade a queiram exercer funções públicas face à grande exposição que é feita à pessoa e à sua família”.

No pólo oposto, Pedro Leitão, CEO do Banco Montepio, considera que há uma “degradação das democracias” e que Portugal é uma exceção. “Quando vemos parlamentos que funcionam, significa que há uma democracia saudável. Agora se estamos a fazer bom uso disso, digo que ir a eleições era tudo o que não precisávamos”. Porque a instabilidade é mau para o sistema.

“Éramos felizes e não sabíamos” referiu o banqueiro.

Já Miguel Maya defendeu que acredita “no tecido empresarial português, apesar desta situação”. O CEO do BCP disse estar “muito tranquilo quanto à economia portuguesa. Dizer que preferimos estabilidade à instabilidade é de la Palice, prefiro ver que a democracia está a funcionar”.

Para o presidente do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, “são os privados que criam crescimento. Apesar dos custos de contexto que não temos”. O banqueiro disse que “quando olhamos para a execução do PRR e para o investimento estrangeiro, naturalmente que ter estabilidade política faz enorme diferença”. Tudo isto “é como se fosse uma corrida de carros e o carro português a cada volta encosta às boxes”.

“Com o tempo tudo se estraga, mesmo as empresas mais resilientes”, alertou o CEO do Santander.

O mais assertivo nas críticas à queda do Governo foi o CEO do BPI. João Pedro Oliveira e Costa disse que “o meu nível de desilusão é tão grande, tenho quase vontade baixar os braços, questionar se vale a pena votar, se vale a pena intervir, se alguém nos ouve”, afirmou.

João Pedro Oliveira e Costa, do BPI, disse que perante o que viu ontem “faltou a palavra Portugal, que devia ser o principal desígnio”.

“É uma questão de respeito”, disse o banqueiro.

“Há uma falta enorme indignação sobre o que se está a passar”, disse o CEO do BPI, reforçando que se vão abrindo Caixas de Pandora.

João Pedro Oliveira e Costa apontou que “sob a capa da democracia” somos obrigados a alinhar no “pensamento único”.



Decisão do tribunal de Viana Do Castelo: Ex Juiz Rui Barbosa vai ter que entregar filho menor a mãe

  • O Tribunal emitiu mandados de entrega judicial que deverá ser feita na presença de técnicos da Segurança Social e, se necessário, com a colaboração da polícia. Os argumentos do pai, que alegava existirem riscos graves se a criança regressasse com a mãe, foram rejeitados

  • 12 março 2025 16:42

    Luís Garriapa

  • O conflito foi revelado pela Investigação SIC. Há dois meses que o menor estava impedido pelo pai de voltar a casa, depois de uma temporada de férias com Fonseca e Castro e, esta quarta-feira, apurou a SIC, o Tribunal de Viana do Castelo decidiu ordenar o regresso da criança de 10 anos ao Brasil, onde reside com a mãe.

    O Tribunal emitiu mandados de entrega judicial que deverá ser feita na presença de técnicos da Segurança Social e, se necessário, com a colaboração da polícia.

    Os argumentos do pai, que alegava existirem riscos graves se a criança regressasse com a mãe, foram rejeitados pelo tribunal que decidiu ainda que as despesas de regresso da mãe e criança devem ser suportadas pelo pai.

    Ao que a SIC apurou, os mandados de entrega prevêem arrombamento de porta, caso não seja permitida a entrega.

    O conflito foi revelado pela Investigação SIC. Há dois meses que o menor estava impedido pelo pai de voltar a casa, depois de uma temporada de férias com Fonseca e Castro.

    A mãe tem a guarda total da criança mas teve de recorrer às Autoridades Centrais dos dois países para poder voltar a estar com o menor.

    A Investigação SIC também teve acesso a documentos, incluindo do tribunal de Viana do Castelo, que falavam de uma situação de "rapto internacional".

    "Ficou estipulado que a guarda da criança seria exercida de forma unilateral pela autora. Em dezembro de 2024, o réu persuadiu a autora a permitir que os filhos passassem as férias escolares em Portugal. Para surpresa da autora, no dia anterior ao embarque de regresso ao Brasil, o réu comunicou-lhe que o menor não regressaria ao Brasil. E o menor ainda não regressou ao Brasil. O Ministério Público configura a situação descrita um caso de rapto internacional de criança", declara o Tribunal de Viana do Castelo.

    Acontece que, sem um mandado, nem a mulher, nem as autoridades conseguem ir buscar o menor.

    Já Rui Fonseca e Castro justificou que o fez para proteger a criança de um perigo iminente.

    “Contra mim teve início uma grave campanha de difamação. Durante o período de férias do meu filho, constatei que o mesmo estava em perigo no Brasil. O risco era de grande gravidade. Vi-me colocado na posição de ter que tomar uma decisão muito difícil para a proteção do meu filho, que necessariamente inclui a sua permanência em Portugal. Fi-lo apenas no exclusivo e superior interesse do meu filho.”

Palavras de Pedro Nuno Santos após se reunir com Marcelo

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O Líder do PS, Pedro Nuno Santos, falou aos jornalistas após reunir com o Presidente da República em Belém, no seguimento do chumbo na moção de confiança apresentada pelo Governo da AD e defendeu que novas eleições antecipadas “não são um estorvo, mas sim uma oportunidade”.

“Novas eleições não eram o cenário desejável para ninguém, mas neste momento é a única forma que temos para clarificar a situação politica. Não devemos olhar para os atos eleitorais como um estorvo, mas como uma oportunidade para debloquear a situação de crise política em que estamos. Com estabilidade, com confiança nas instituições, no Governo e primeiro-ministro. Isto é essencial para o país resolver os problemas, nomeadamente os que não foram resolvidos no último ano”, afirmou Pedro Nuno Santos.

“Na realidade temos outros problemas, que não iniciaram resolução, como temos outros que se agravaram”, disse, referindo-se ao setor da Saúde.

O líder socialista continuou a apontar críticas à Governação da AD, liderada por Luís Montenegro. “Temos um governo que na distribuição do excedente do anterior, não teve qualquer estratégia”, afirmou, sublinhando que, “infelizmente, neste ultimo ano não vimos os problemas a melhorarem”. “O que o primeiro-ministro agora apresenta é o que já estava bem em Portugal há um ano”, declarou.

“Nós precisamos de iniciar uma nova fase da vida politica em Portugal”, resumiu Pedro Nuno Santos, garantindo que ele e o partido estão “preparados” para este novo capítulo.

“Esperamos que as eleições sejam esclarecedoras”, avançou ainda o líder do PS, adiantando que é necessário “clarificar a situação política o mais depressa possível”, e ainda apontando que o “único culpado” pela atual crise é o primeiro-ministro Luís